Concierge na Revista Exame

21/05/2020 Holambra tem potencial para empreendimentos voltados para o turismo. O processo de retomada do crescimento da construção civil passa pelo interior do Estado de São Paulo. Além de qualidade de vida e infraestrutura completa, a região possui indicadores econômicos favoráveis.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados), o PIB - Produto Interno Bruto do interior paulista representa 66% das riquezas do Estado, chegando a quase R$ 1,3 bilhão, o dobro da capital paulista com R$ 650 milhões. Neste cenário, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) é uma das mais promissoras.

Composta por 20 municípios, a região representa 7,81% do PIB paulista e 1,8% do PIB nacional, constituindo-se na segunda maior região de São Paulo. São 3 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE, número que impulsiona ainda mais a região, como por exemplo, a demanda habitacional. Morar no interior é a aposta de muitas pessoas que desejam fugir do agito das grandes cidades e buscam qualidade de vida, conforto e lazer.

Polo de turismo e negócios, a cidade de Holambra, é exemplo desse modo de vida que tem impulsionado os negócios na região. Conhecida como a Capital Nacional das Flores, a cidade tornou-se referência nas áreas de horticultura, ??oricultura e tecnologia avançada na produção de sementes, e vem atraindo investidores nacionais e internacionais. Em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibra??or), a produção de ??ores e plantas ornamentais em Holambra vai gerar R$ 900 milhões em vendas, o que representa um crescimento da ordem de 11% em comparação com o ano passado.

A atividade turística também movimenta os negócios da cidade que recebe 1 milhão de visitantes por ano. Apesar dos dados, a cidade possui uma carência de leitos em hotéis para atender o número de turistas que recebe.

Segundo estudo da Concierge Hotelaria, empresa especializada em implantação e gestão de hotéis, a região deverá registrar um aumento de 25% no número de UHS disponíveis em médio prazo para atender essa demanda reprimida. "Em termos regionais, o turismo de negócios responde por 75% do ??uxo de hospedagens e a região tem uma das maiores diárias médias do país e uma das menores ofertas de leitos", atesta Arthur Medeiros, diretor da Concierge Hotelaria.

Ainda segundo o estudo, os empreendimentos de uso misto ou multifuncionais, que reúnem num mesmo projeto moradia, espaço corporativo e hotel, são uma forte tendência para atender às necessidades dos clientes. Ao combinar num mesmo lugar funções como morar, trabalhar e se divertir, esses projetos agregam várias vantagens. Melhoram as relações humanas, estabelecem novas conexões de convivência e, principalmente, o compartilhamento e uso de bens comuns gerenciados por quem entende do negócio, como as grandes redes hoteleiras.

Morador e empreendedor na região, o engenheiro José Carlos de Oliveira Lima, acredita no potencial da RMC. "Apesar de possuir ótimos condomínios residenciais, a região possui uma demanda reprimida por espaços corporativos e unidades hoteleiras tanto para o turista de lazer como de negócios, incluindo comércio exterior voltado para o setor", avalia.

Em setembro, o empresário lançou em Holambra o Boulevard Business Hotel, Convention Center & Housing Flats, empreendimento multifuncional que está sendo construído em um terreno de 30 mil m² em um dos pontos mais altos e com vista panorâmica da cidade. "Temos bons exemplos de empreendimentos de uso misto implantados em várias capitais e grandes cidades do país, que são referências do mercado imobiliário. E é esse conceito de sucesso que estamos trazendo para Holambra", destaca Oliveira Lima.
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